domingo, 15 de janeiro de 2012

Quando o choro de criança é birra, e quando não é, e o que faço quando isso acontece

Birra e manha são comportamentos diferentes. Veja as definições para manha e birra a seguir:
Muitas vezes, se confunde birra com manha e, na verdade, são duas coisas bem distintas. “São dois comportamentos diferentes. A manha é quando a criança quer conseguir algo utilizando a sedução, o encantamento. É a mesma coisa quando ouvimos aquela velha expressão de que alguém ‘conseguiu algo na manha’. É um comportamento mais aceitável e sadio, não precisa de muita preocupação”, explica a psicóloga. “Já a birra caracteriza-se por um comportamento mais hostil, em que a criança se joga no chão, grita e fica agressiva. Esse tipo de atitude é comum até os três anos de idade. Depois disso, se persistir, já pode ser considerada como um sinal de que algo está errado”, completa. Fonte: Site DNA Mulher.

Às vezes, a criança quer que seu choro comova (ou incomode) os pais, para assim conseguir o que quer, e pode envolver uma chantagem emocional (“você nunca faz o que eu quero!”). Outras vezes, a criança age (e, muitas vezes, chora) com raiva e agressividade para conseguir o que quer. Às vezes a criança chora por razões emocionais e os pais tratam isso, erradamente, como birra.

Quando o choro é birra? Há ocasiões em que o choro emocional não é birra?

Na minha experiência, quando a criança chora sem objetivo, não é birra ou chantagem emocional, que são comportamentos que têm objetivo, e frequentemente são fingidos e são suspensos pelo atendimento de uma demanda óbvia.


Atender a demanda reforça o comportamento, então, deve ser evitado. Mas há o choro sem objetivo óbvio, mais difícil de decifrar e que requer atenção dos pais. De onde vem a irritação e a fragilidade emocional? Pode vir de circunstâncias físicas: sede, fome, sono, assaduras ou uma doença que está começando. Tratar o choro que tem essa origem como birra é uma injustiça.

O duro é quando as coisas se misturam:

  • Quando a fragilidade vem de uma situação emocional: crianças têm necessidade de carinho e segurança, e quando os pais estão tensos, agressivos, irritados ou distantes podem criar situações em que a criança se sente frágil e chora. Neste caso, aprendi com Sofia que o melhor é dar carinho e demonstrar que a criança tem o apoio e a proteção dos pais.
  • Quando a fragilidade faz as crianças ficarem menos tolerantes à frustração: aí, fazem birra que não fariam se não houvesse o desconforto físico ou emocional. Neste caso, aprendi com Sofia que, em vez de atender a demanda da birra, deve-se cuidar da sua causa (alimentar, dar água, dar carinho, etc.) e depois ver se a demanda continua e se há possibilidade de diálogo.
  • Quando a birra é legítima: a criança está certa em demandar o que demanda, e o choro é, às vezes, seu único meio de luta. Neste caso, aprendi com Sofia que deve-se repreender o comportamento, reconhecer a legitimidade da demanda, mas só atendê-la depois que a forma equivocada de demandar for substituída por um comportamento mais direto. Se a criança entrou no modo birra porque foi ignorada, vale os pais darem o exemplo e pedirem desculpas também.
Dessa forma, na minha experiência, as situações desagradáveis causadas por birra são resolvidas de forma mais calma, rápida e justa, reforçando o vínculo entre pais e filhos, como também explico neste outro post.  

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