Porque a habilidade de convencer e de ser convencido
(negociar e/ou mudar de opinião) é uma habilidade essencial para o sucesso no
século 21. Se o pai parte para a ameaça e a violência, ele não ensina seu filho
a argumentar, negociar, raciocinar, cooperar. Essas habilidades são essenciais para o
sucesso nos dias atuais e provavelmente nas próximas décadas. Isso porque as
pessoas não gostam mais de quem manda, ordena, oprime, e pede obediência.
Funcionários não gostam de chefes, querem líderes. O líder não manda; ele
convence, motiva, negocia.
Você pode dizer que não se importa se seu filho vai ser um
líder (duvido que não se importe) mas a habilidade de negociação é importante
também para quem vai ser liderado. Nas organizações modernas, quem é liderado
precisa saber o porquê das coisas, precisa saber se convencer sobre a
importância do que faz. Seu filho não vai saber fazer isso se você só o ensinou
a obedecer sem negociar ou perguntar o porquê das coisas (e eu duvido que você
consiga formar tal robozinho sem um monte de efeitos colaterais negativos, como
a falsidade, a mentira, o corpo mole e a agressividade).
Minha experiência com minha filha de 7 anos nem sempre é
fácil. Muitas vezes ela teima (ou sou eu que teimo?). Os argumentos não convencem. Isso é
particularmente o caso com alguns alimentos que ela deveria comer mais, como
frutas. Mas em geral, se dou a devida atenção, carinho e cuido das necessidades
básicas dela (fome, sede, etc.), ela é bastante razoável. E comparando com as
crianças que são criadas com base na obediência, minha filha parece muito mais
obediente (“parece” porque não é obediência; é cooperação, bom senso). Outros pais destacam sua habilidade de negociação
com outras crianças quando ela vai brincar na casa das amiguinhas. Eu acredito
que essa habilidade vem da forma como a educamos.
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